quinta-feira, 20 de março de 2014

O mistério da casa vermelha

A. A. Milne publicou The Red House Mistery em 1922, constituindo-se o livro um sucesso de vendas imediato. O autor viria a ser conhecido mundialmente, pela criação posterior a esta data das personagens Winnie-the-Pooh e Christopher Robin, que a Disney adaptaria ao cinema.

Marc Ablett, o proprietário da casa vermelha, gostava de ter sempre convidados na sua casa. Foi na tarde de um dia em que as cinco pessoas que ele convidou foram jogar ténis, que chegou o seu irmão residente na Austrália há vários anos. Além de Marc, encontravam-se na casa o seu primo e homem de confiança, Mathieu Cayley, e todos os empregados.
Foi numa sala fechada que, logo após a sua chegada, apareceu morto Robert, o irmão de Marc.
A investigação foi feita por Antoine Gillingham, que surgiu na casa segundos após o crime ter ocorrido, para visitar um dos convidados, Bill Beverley.
O autor pretendeu fazer de Antoine um novo Sherlock Holmes e de Bill um Watson, que ia questionando Antoine para que ele expressasse o seu raciocínio dedutivo.

Como em muitas obras desta época, na literatura policial inglesa, estamos perante a aristocracia britânica, com pessoas que vivem apenas dos rendimentos, nada fazem e com as casas cheias de empregados para todos os serviços.
Embora a forma como o crime foi cometido seja bastante interessante, todo o processo de investigação é muito pobre e as motivações e atos das personagens são muito inverosímeis.
Sem dúvida que é uma obra de qualidade mais baixa que as de outros autores ingleses contemporâneos de Milne.

A edição portuguesa é de 1955 e foi publicada na Colecção Xis.

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