terça-feira, 28 de julho de 2009

Um crime capital

Um crime capital decorre durante a Porto 2001, Capital Europeia da Cultura.
Inicia-se com um duplo crime em Serralves, que Jaime Ramos vai investigar. Mas não é um simples crime, é também uma viagem ao passado de Ramos.
Filipe Castanheira também surge mais uma vez nesta série, embora continue nos Açores. Mas é a ele que Jaime Ramos recorre nos momentos pessoais mais difíceis.
Este livro foi publicado inicialmente em folhetim no Jornal de Notícias, pelo que o ritmo narrativo está adequado a este formato.
Os diálogos entre Jaime Ramos e Mandrake, um advogado brasileiro, são pedaços de literatura imperdíveis.
A história é interessante e verosímil, os personagens têm vida, não se imitando a ocupar o seu lugar de vítimas, suspeitos ou testemunhas do crime, e o bom humor trespassa todo o texto. Fica apenas a sensação que o inspector Jaime Ramos nem sempre deduz mas que por vezes adivinha. Um livro que vale a pena ler

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Maurice Leblanc

Maurice Leblanc nasceu em Rouen, França, em 11 de Novembro de 1864. Possuidor de uma imaginação viva, desde cedo manifestou intenção de se dedicar à escrita.
Apesar dessa sua vontade, teve que trabalhar numa fábrica do seu pai, até que conseguiu finalmente ir para Paris, onde começou por trabalhar como jornalista.
Foi em 1905 que criou a personagem de Arséne Lupin, num pequeno conto para o magazine “Je sais tout”. O sucesso foi tão grande, que o editor lhe pediu mais contos.
Até 1935 muitos contos, romances e peças de teatro se seguiram.
Durante a ocupação alemã da França na I Guerra Mundial a obra de Leblanc esteve proibida, pois a obra “L’eclat d’obus” publicada durante a guerra 1914-18 desagradara aos alemães. Morreu em 6 de Novembro de 1941.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Olho de Lince

No início da década de sessenta, ( 1962 ou 1963) a Portugália Editora lançou a colecção Olho de Lince dirigida por Mário Henrique Leiria.
A colecção durou 14 números.
1 – A morte de um cão de André Piljean
2 – … e o diabo os juntou de Maurice Procter
3 – Os mercenários de Donald E. Westlake
4 – O túmulo do pianista de Sérgio Donati
5 – Alibi para um juiz de Henry Cecil
6 – Rififi de Auguste Le Breton
7 – A emboscada de Maurice Procter
9 – Chantagem e selos raros de Emmett McDowell
10 – Sinfonia Incompleta de Raymond Carré
11 – Tempo de Massacre de Franco Enna
12 – Pesadelo de Malcolm Gair
13 – Um Longo e Duro Olhar de Malcolm Gair
14 – Dinheiro do Diabo de Maurice Procter

A emboscada, capa de João da Câmara Leme

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O crime também diverte

Jake e Helen Justus, juntamente com o advogado Malone, estão em Nova Iorque, e é nesta cidade que este caso se desenrolará, longe da habitual Chicago.
Um crime estranho, sem explicação e sem que se veja o motivo para ter ocorrido, irá levar estas três personagens a tentarem resolver o caso, cada uma por sua conta, sem que informem os parceiros dos seus actos.
Além deste grupo, ainda existe a polícia, também pretendendo resolver o crime e livrando os elementos do trio de alguns apuros.
Um livro recheado de bom humor, onde Craig Rice desenvolve o seu estilo, que tanto sucesso teve na época em que viveu.

domingo, 12 de julho de 2009

Frank Gruber

Frank Gruber (1904 -1969) foi um escritor norte-americano nascido numa localidade do estado do Minesotta. Aos 16 anos fugiu de casa e alistou-se no exército durante um ano.
Em 1934 foi viver para Nova Iorque.
O seu primeiro romance policial, O enigma do quarto fechado, surgiu em 1940, criando a dupla de personagens Johnny Fletcher e Sam Cragg, protagonista de mais 13 romances.
Além destas duas personagens, criou ainda uma outra dupla: Simon Lash e Eddie Slocum.
Otis beagle e Joe Peel constituem a terceira dupla saída da imaginação deste romancista.
Foi também um prolífico escritor de contos. Para este género literário criou uma outra personagem : Oliver Quade, a enciclopédia humana.
Frank Gruber tem uma escrita simples, faz um uso excelente dos diálogos e as suas obras estão repletas de situações humorísticas, mostrando ainda um profundo conhecimento da história do Oeste Americano.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Donald Lam & Bertha Cool - cronologia da série

Série cronológica dos livros da série Donald Lam & Bertha Cool da autoria de A.A.Fair, pseudónimo de Erle Stanley Gardner, com os títulos da edição portuguesa.
À frente do título está a data da publicação da edição original em língua inglesa.

Divórcio sangrento - Janeiro de 1939
Sobre brasas – Janeiro de 1940
Morte em barras de ouro – Setembro de 1940
Jogo, mulheres e morte – Março de 1941
Tudo ou nada – Dezembro de 1941
O apartamento fatídico – Junho de 1942
Os morcegos voam ao anoitecer – Setembro de 1942
De noite todos os gatos são pardos – Agosto de 1943
O machado denunciante – Setembro de 1944
A morte verde – Abril de 1946
Morte à 6ªfeira – Setembro de 1947
As vidraças da morte – Janeiro de 1949
Tentação perigosa – Fevereiro de 1952
Algumas não esperam Setembro de 1953
Cuidado com s curvas – Novembro de 1956
O riso da morte – Março de 1957
Os ciúmes de Minerva – Outubro de 1957
Noves fora nada – Junho de 1958
O cadáver sem rosto – Fevereiro de 1959
Só a morte as detém – Setembro de 1960
A beleza é uma armadilha – Março de 1961
Armadilha para um detective – Novembro de 1961
Fim de semana com a morte - Abril de 1962
Pegar ou largar – Abril de 1963
Truque falhado – Março de 1964
Divórcio envenenado – Abril de 1965
As viúvas andam de luto – Maio de 1966
Fortuna indesejável – Março de 1967
Procura-se mulher – Março de 1970

sábado, 4 de julho de 2009

Picada mortal

Picada mortal é o primeiro caso do detective Nero Wolfe e do seu ajudante Archie Goodwin. Algumas outras personagens que cruzarão toda a série já se encontram aqui: Fred Durkin, Orrie Cather e Saul Panzer, os detectives que trabalham por conta própria e a quem Wolfe recorre com frequência, Bill Gore, um outro particular de participação mais efémera, e o cozinheiro Fritz.
Neste primeiro caso tomamos contacto com algumas das manias do detective: o cumprimento de horários para diferentes actividades e a sua fobia a sair de casa.
Trata-se no entanto ainda de um Wofe menos birrento que nos casos seguintes e mais falador.
Neste caso Wolfe fica com a sua vida em perigo, situação que ocorrerá mais vezes na série, o que o leva a encarar o caso de um modo mais pessoal, quase como uma vingança, e menos profissional.
Não sendo um dos melhores livros de Rex Stout, é no entanto uma obra que merece ser lida, não esquecendo que inicia uma das melhores séries policiais do século XX. Talvez a mais representativa do estilo em que o detective descobre o criminoso sem contacto com a cena do crime.