sábado, 6 de junho de 2009

Caminho PoliciaL

Uma das colecções interessantes editadas em Portugal foi a Caminho Policial, que intercalava na numeração com a Caminho Ficção Científica. Números impares para a ficção científica e números pares para o policial.
Dos autores publicados saliento Manuel Vasquez Montalban e Ruth Rendell.
A editora organizou um prémio literário anual para cada um dos géneros, com o objectivo de promover o lançamento de autores portugueses, o que foi conseguido, com novos autores a poderem publicar as suas obras: Henrique Nicolau, Ana Teresa Pereira, João Aniceto ou Manuel Grilo, entre outros.
A colecção iniciou-se, provavelmente, em 1984, tendo publicado seu último volume em 2003.
De negativo, a fraca qualidade artística das capas, todas muito iguais e monótonas.
Os primeiros cinco livros da Caminho Policial foram:
n.º 2, Morte de um Inglês , Death of an Englishman, de Magdalen Nabb
nº 4, A bela adormecida, The Sleeping Beauty, de Ross MacDonald
n.º6 O anjo da vingança, Tradittori di tutti, de Giorgio Scerbanenco
n.º 8 Esqueletos, Skeletons, de Glendon Swarthout
n.º 10 Morte na Primavera, Death in springtime, de Magdalen Nabb

1 comentário:

  1. Prezado Paulo, eu tomo a liberdade de lembrar o nome de uma dupla inesquecível que a Caminho valorizou: Per Wahloo e sua esposa Maj Sjowall com sua série sobre o policial Martin Beck. O livro "O Polícia que Ri" conseguiu a façanha de ganhar o Edgar de Melhor Novela Policial do ano de 1971. Livro marcante e prêmio merecido. A sua lembrança de Montalban é fundamental. Um talento imenso e ele faz muita falta. Sua morte prematura ainda me emociona. E a Caminho lançou também o talentoso Tony Hillerman e seus policiais Navajos, Joe Leaphorn e Jim Chee, além de livros importantes de Ross Macdonald (como "O Arrepio" e "O Caso Galton") e da já citada e talentosa Ruth Rendell (que a Europa América valorizou muito mais, diga-se de passagem) além de escritores divertidos e pouco divulgados na língua portuguesa como Howard Engel e seu impagável Benny Cooperman.
    Portugal sempre prestou um grande serviço à literatura policial, seja na Caminho ou na Livros do Brasil, Minerva, Europa-América, Gradiva, Editorial Ibis, Deagá, etc. E, com carinho, eu agradeço à Regra do Jogo Edições que publicou um dos primeiros "Pepe Carvalho", o emocionante "Tatuagem" de Manuel Vazquez Montalban e que contou com uma bela tradução da dupla Angelo Barreto e Helena Leonor Santos. Um grande e forte abraço, prezado Paulo.

    ResponderEliminar