domingo, 20 de setembro de 2009

O mistério do chapéu romano

É o primeiro livro da série Ellery Queen escrito pela dupla que sob pseudónimo também assinava como Ellery Queen.
Tirando o facto de ser a primeira obra onde surge a personagem, arrastando desta forma uma pesada carga histórica, o livro nada tem de interessante.
A história é fraca, as personagens não têm vida própria, estão ali apenas a cumprir o papel necessário à descrição do crime, o enredo é pouco verosímil, a forma como foi cometido o crime ainda o é menos e existem demasiadas coincidências que apenas têm como objectivo esconder o assassino.
Trata-se de um crime cometido na plateia de um teatro durante um espectáculo. Apesar da sala estar cheia ninguém viu o assassino.
Desde o início que os Queen acham que a resolução do mistério está no facto de o chapéu da vítima ter desaparecido, e é a busca da explicação para esse desaparecimento que os leva ao criminoso.
Neste livro a principal personagem acaba por ser Richard Queen, o pai de Ellery. Embora no final atribua a descoberta da verdade ao filho, a verdade é que toda a investigação é dirigida por ele e a explicação do sucedido também é ele quem a faz.
Na introdução ao livro o narrador refere que à época Ellery já vive em Itália, casado e com um filho, o que obviamente irá entrar em contradição com os futuros casos que resolve, numa época posterior e ainda a viver nos Estados Unidos.
São visíveis neste livro alguns estereótipos racistas, de superioridade dos brancos, em que o caso da atitude dos Queen perante Djuna é o mais evidente, mas não só, como se poderá verificar no final da história.
A dupla Ellery Queen viria a escrever livros de muito maior qualidade.

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