quarta-feira, 30 de abril de 2014

Patricia Highsmith

Patricia Highsmith, (1921-1995), foi uma escritora norte-americana que publicou a sua primeira obra em 1950,Strangers on a Train, editada em Portugal pela Colecção Vampiro sob o título O desconhecido do Norte-Expresso. Este romance foi  adaptado ao cinema  logo no ano seguinte por Alfred  Hitchcock, sendo Raymond Chandler um dos dois escritores que fizeram a adaptação da novela para o argumento cinematográfico.
As personagens que Patricia Highsmith  cria  são psicologicamente densas, com os seus recalcamentos e frustrações a aflorarem quando as circunstâncias as  atiram para comportamentos fora da norma., vivendo por vezes à margem da lei.
A sua criação mais famosa é Mr. Ripley, o assassino sem escrúpulos, completamente amoral, que mata por prazer, que mata para obter lucro e que escapa sempre à polícia.
Quando Mr Ripley surgiu, já havia na literatura policial personagens principais que estavam á margem da lei. Mas a sua marginalidade era simpática. Quase sempre era o bandido que acabava por ajudar a polícia, mesmo contra a vontade desta, e que vivia à margem da lei devido às injustiças da sociedade ou do sistema judicial.
Ripley é diferente. É simplesmente um assassino e o leitor aceita-o como tal e deseja que ele escape.
São cinco as novelas que Patricia Highsmith escreveu para esta personagem:

The Talented Mr Ripley, Ripley Underground, Ripley's Game, The Boy Who Followed Ripley E Ripley Under Water.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Não é policial, mas é meu


Uma história, não policial, que me diverti a escrever.
Os eventuais interessados podem encontrá-lo aqui, aqui, ou  aqui.

domingo, 20 de abril de 2014

Grandes Mistérios

A coleção policial Grandes Mistérios, editada pela Romano Torres, surgiu em 1943 e editou 151 livros, tendo o último volume saído em 1970.
Uma parte muito significativa dos títulos publicados são da autoria de Gentil Marques e da sua esposa Maria Amália Marques, sob a capa de inúmeros pseudónimos.
Na lista dos autores dos 10 primeiros volumes da coleção é possível referenciar  James Strong, Marcel Damar, G. D. Richardson e Herbert Gibbons como pseudónimos de Gentil Marques. John S. Falk foi um pseudónimo de Maria Amália Marques.
Quanto ao nome de Philip Barnne, não consegui encontrar nenhuma informação, mas será também, muito provavelmente, um pseudónimo de um dos elementos do casal.

Primeiros dez volumes.
1. Os cinco suspeitos de Park-House, James Strong
2. O mistério da bailarina chinesa, John S. Falk
3. Fui morto por um fantasma, Marcel Damar
4. O crime do Stúdio nº 7, G. D. Richardson
5. O enigma de Queen’s street, Herbert Gibbons
6- Noites tenebrosas de Xangai, John S. Falk
7. A morte espreita pela janela, James Strong
8- O crime da estrada de Colchester, Philip Barner
9- Três enforcados numa corda, Herbert Gibbons
10- O assassino mora no rés-do-chão, Marcel Damar

Fica a imagem da capa do número 113, numa fase, depois do número 80, em que a coleção começou a publicar autores estrangeiros.
Por curiosidade, refira-se que o autor deste livro, John Creasy, foi também um dos escritores que mais pseudónimos usou, como se refere aqui.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

O Enigma do Mandarim

O Enigma do Mandarim, The Speaker of Mandarim, foi publicado em Portugal em 1988, cinco anos após a sua edição na língua original, e é o décimo segundo romance com a personagem do inspetor Wexford.
A história é narrada em dois tempos. Numa fase inicial, Wexford encontra-se na China em representação oficial, onde estabelece contacto com um grupo de turistas ingleses e onde é vítima de enigmáticas visões.
Numa segunda fase, após o regresso, Wexford tem que investigar a morte de uma das turistas, ocorrida já em território inglês, obrigando-o a estabelecer o contacto com mais alguns dos viajantes e a tentar relembrar os episódios a que assistiu na China, com a dificuldade de ter que destrinçar entre o que foi alucinação e o que foi real.

Há vários anos que tentava encontrar este livro, o que consegui recentemente, daquela que é a minha autora favorita, Ruth Rendell.

domingo, 6 de abril de 2014

A Sentinela

Pedro Coutinho, construtor civil com um bom relacionamento nas áreas de topo do poder político, é assassinado.
Henrique Monroe, inspetor da Polícia Judiciária, é destacado para chefiar a investigação, tendo a apoiá-lo a inspetora Luci.
Num homicídio que se evidencia pela violência, várias são as pistas a seguir. Teria Coutinho sido morto para não divulgar as ligações corruptas que tinha com alguns políticos, e que tinham sido essenciais para alguns contratos que efetuou? Estaria a morte do construtor civil relacionada com a atitude que tomara em defesa da sua filha adolescentes, que teria sido vítima de abusos sexual? Poderia ser uma das suas amantes a assassina?
Na narração da investigação, cruza-se a vida pessoal e familiar de Monroe com um presente totalmente condicionado pelo que foi a sua infância nos Estados Unidos e pela sua relação com a mãe, o pai e o irmão.
Gostei da parte do romance que se refere ao crime, às suas causas, à investigação e ao pormenor que permitiu descobrir quem matou Pedro Coutinho. Já não gostei tanto dos aspetos relacionados com o passado de Monroe, das descrições dos seus relacionamentos familiares, e da forma como ambos cruzam a investigação.

Foi o segundo livro de Zimler que li. O primeiro, há já alguns anos, foi O último cabalista de Lisboa, que me deixou fascinado, pelo que aguardava igual sensação com este, o que não sucedeu.
Mesmo sem me deslumbrar, foi um livro de que globalmente gostei.