J. K. Rowling em modo de literatura policial.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
sábado, 25 de julho de 2015
Intermediários, Lda
Este livro aborda uma temática que não se poderá colocar
pacificamente numa coleção policial. A história decorre num ambiente próximo da
marginalidade, com um crime a surgir, muito levemente, já para mais de metade
da obra.
Não há investigação,
porque também não existe criminoso para descobrir.
Não são estes factos que tornam a obra menis interessante. A
leitura é agradável e o leitor vai sentindo-se preso, embora o possa fazer na
expectativa de que o crime possa estar para surgir, uma vez que sob o passado
do protagonista, paira um mistério, apenas desvendado no fim, e que o leitor
aguarda que tenha consequências na trama.
O livro relata alguns dos traumas porque passaram os
retornados das colónias portuguesas, quando em 1975 tiveram que regressar ao
país.
Se o que o leitor pretende é um livro policial, seja do
estilo clássico ou num género inovador, não vale a pena iniciar a leitura. Este
livro, de 1994, não se enquadra nessa perspetiva. Se pretende a agradável
leitura de uma história bem contada e escrita e fazer um mergulho num contexto
social particular dos anos 80 ou 90 do século passado, abra o livro e leia.
terça-feira, 7 de julho de 2015
Rei, capitão, soldado, ladrão
Ruth Rendell cria personagens completas, com comportamentos e
problemas humanos. Este livro não foge à regra, com algumas personagens a
prenderem a atenção constante do leitor no seu percurso da sequência narrativa.
Os livros de Ruth Rendell fora da série do inspetor Wexford,
tal como este, dão-lhe maior liberdade na composição das personagens e na
criação de tramas, oferecendo a quem lê situações mais originais e mais
criativas.
Em Rei, Capitão, Soldado, Ladrão, do início ao fim do livro,
o leitor prende-se à expectativa do que irá suceder a cada uma das mulheres
retratadas no livro e ainda à personagem do deputado, que me parecem as mais
interessantes.
Se o primeiro crime se vai mostrando previsível logo desde o
início, assim como se pode adivinhar quem o cometerá e de que forma, logo após
a apresentação das personagens principais, toda a restante trama não tem
previsibilidade e Ruth Rendell consegue sustentar o destino das personagens até
à última página.
Estou perante a minha autora de livros policiais favorita,
mas este livro é sem dúvida um dos que se encontram no topo da sua extensa
obra.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
O Porsche amarelo
Em 1959 Paul Gerard, pseudónimo do escritor francês Jean-Marie-Edmond Sabran ganhou o Grand Prix
de Littérature Policière com Deuil en rouge.
Com este livro, La porsche jaune, dificilmente conseguiria
esse prémio.
É uma história complicada com os personagens em busca de um
fio condutor da ação, parecendo, por vezes, terem um comportamento imbecil e
pouco natural, sendo toda a história, apesar da temática ser interessante, demasiado
inverosímil.
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
A última história
Ana Teresa Pereira publicou o seu primeiro livro em 1989.
O aparecimento desta escritora trouxe um estilo e uma
temática originais na literatura policial e de mistério escrita em Portugal.
A última história é uma obra que se lê com facilidade.
Histórias cruzadas de uma escritora, Patrícia,
que vive na dúvida se o assassínio que cometeu é uma criação de uma
história sua, ou se ela e todas as personagens que concebe e a rodeiam são a criação do homem que ela terá
assassinado.
O leitor fica preso na trama e quando termina a leitura
percebe que fica com a mesma resposta que Patrícia obteve.
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Cinema - O Padre Brown Detective
Father Brown é um filme inglês de 1954, realizado por Robert
Hamer, inspirado nas histárias escritas por Gilbert Keith Chesterton.
O papel do padre detetive foi interpretado pelo ator Alec
Guiness, tendo a acompanhá-lo, nos
principais papéis, Joan Greenwood, Peter Finch, Cecil Parker e Bernard
Lee.
Nos Estados Unidos o título adotado foi The Detective.
O filme estreou em Portugal em 10 de junho de 1955, com o
título O Padre Brown Detective.
sábado, 23 de agosto de 2014
Perfeito como nos filmes
Este romance foi o vencedor do
Prémio Caminho de Literatura Policial 1987. A dupla de autores constrói um
texto agradável de ler, num ritmo que prende, dirigindo-nos sempre para o
capítulo seguinte sem deixar a leitura suspensa.
O protagonista é um detetive
privado, espécie que cria dificuldades na trama dos romances policiais que
decorrem em Portugal, pois estes profissionais não podem investigar crimes. No
entanto, os autores conseguem contornar com relativa facilidade esse óbice.
O estilo faz lembrar Chandler ou Hartley
Howard, com o detetive duro, que vai apanhando alguma pancada e arranjando parceiras
sexuais.
Não gosto da forma como o livro
termina, não explicando bem a questão do contrabando, mas isso é uma questão de
gosto pessoal que não tira qualquer predicado a este original romance policial
português.´
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Harry Dickson
Harry Dickson é uma personagem que surgiu em revistas alemãs
no início do século XX, narrando as aventuras de um detetive, também conhecido
como o Sherlock Holmes americano.
Apesar da grande popularidade da série, a qualidade era
baixa. Talvez por esse motivo Jean Ray, que traduziu alguns dos episódios de
holandês para a língua francesa, decidiu escrever histórias originais, na
década de 30 do século XX, que devido à
sua maior qualidade levaram a personagem a ser conhecida e traduzida em vários
outros países.
A coleção Hary Dickson aqui referida surgiu em Portugal, sob
chancela da Editorial Estampa, em 1976 e teve editados 30 volumes, com autoria
de Jean Ray.
1. O canto do vampiro
2. O bando da aranha
3. Os espectros carrascos
4. Cric-Croc, o morto de casaca
5. A rua da cabeça perdida
6. A ressurreição da Górgona
7. A estranha chama verde
8. O caminho dos deuses
9. Os enigmas da casa Rules
10. O polvo negro
11. Os misteriosos estudos do doutor
drum
12. As sete cadeirinhas
13. A casa das alucinações
14. Mataram o sr. Parkinson
15. O mistério dos sete louco
16. O leito do diabo
17. O fantasma do judeu errante
18. O vampiro dos olhos vermelhos
19. Os vingadores do diabo
20. A cabeça de dois soldos
21. A terrível noite no jardim
zoológico
22. O jardim das fúrias
23. As fábricas de morte súbita
24. A pedra lunar
25. Os tenebrosos
26. O sábio invisível
27. X-4
28. A ilha do terror
29. O catálogo dos Foyle
30. O templo de ferro
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
O natal de Poirot
Um dos casos em que Agatha Christie consegue
surpreender, apresentando para autor do
crime alguém inesperado, ou pelo menos, de quem não se suspeitaria facilmente.
Do ponto de vista da construção é
uma obra interessante, com a autora a
imiscuir-se em caminhos difíceis: o crime no quarto fechado, que como se sabe
não é possível, tendo na verdade que se descobrir qual é a abertura do quarto
que permitiu cometer o crime.
Pena, mais uma vez, as
personagens parecerem falsas e pouco reais, representando estereótipos que não
podem ser sujeitos reais.
A vítima, por exemplo, tem
características que a transformam num ser abjecto, sem sentimentos e cruel,
como se a morte violenta fosse o único fim que se poderia esperar.
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Cinema - O Mistério de Gorky Park
Três cadáveres desfigurados são
encontrados em Gorky Park, no centro de Moscovo. O detetive Arkady Renko é
encarregado da investigação, mas vê-se confrontado com a burocracia e a
corrupção política soviética.
Este filme de 1983, realizado por Michael Apted, teve nos principais papéis Lee
Marvin, Joanna Pakula e William Hurt. Foi uma adaptação do livro Gorky Park, publicado
em 1981, do escritor Martin Cruz Smith, o primeiro de uma série, que já vai no
8º volume, com o detetive russo Arakady Renko.
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